segunda-feira, 14 de março de 2011

AZEITE DE OLIVA EXTRA VIRGEM QUANDO E COMO USAR

Estamos começando o ano, pois, como muito apropriadamente diz Moraes Moreira “, o ano só termina quando é Carnaval”.

Recebi, esta semana, uma pergunta de uma aluna, Leda, sobre se é correto utilizarmos azeite de oliva extra virgem para fritar. Como esta é uma dúvida recorrente, achei interessante discorrer um pouco sobre este polêmico tema.

Para começar é importante esclarecermos o que é Azeite virgem de oliva extra virgem. Ele é obtido do fruto da oliveira por processos mecânicos ou físicos em condições térmicas que não deteriorem o azeite, ou seja: extração a frio. Nessa categoria, estão os azeites extra-virgem, os azeites virgem de oliva finos e os semifinos. A variação de acidez é: extra-virgem até 0,8%; virgem de oliva finos: até 2%; semifinos: até 3,3%.
Um azeite de oliva qualidade não é um produto barato, nem mesmo para países com produção e consumo maiores que o Brasil. O processo de extração do óleo, por mais que tenha evoluído, ainda é mais complexo do que óleos de outra origem vegetal. Por isso, principalmente no Brasil, desconfie dos muito baratos.
Cozinhar em fogo alto não muda as propriedades básicas do azeite de oliva. O ponto de fumaça – temperatura em que o óleo começa a queimar e as gorduras se decompõem formando compostos tóxicos – no caso do azeite extra-virgem é de até 204 graus (1)Ou seja, é possível aquecer até esse ponto sem que ele se danifique. Mas, com tanto calor, anula-se a principal característica do extra-virgem que é o processo de extração a frio, e faz com que ele perca parte do seu magnífico sabor. Para aproveitá-lo na íntegra o ideal é utiliza-lo em pratos frios, saladas e na finalização de receitas quentes, pós-fogo.

(1)Fonte: O lado sadio das gorduras. Jeannette Ewin. Ed. Campus,1999 (azeite extra virgem ponto de fumegação até 204 graus C.

Para cozinhar por um tempo maior ou mesmo fritar, eu sugiro que você utilize o azeite de oliva simples (não o extra virgem que é bem mais caro) ou óleos de qualidade como o de canola, milho ou girassol. Você terá um excelente resultado em termos nutricionais, bem como de sabor, além de economizar no preço.
Fica, portanto, ao critério de cada um! Depende do seu paladar e do seu bolso!
Uma semana muito proveitosa para todos
Abraços
Katia Borges

8 comentários:

Unknown disse...

OI PROF.SOU EU CÉLIA DA UNEB.
ADOREI A DICA MAIS GOSTARIA DE SABER ONDE POSSO OBTER MAIS INFORMÇOES SOBRE ISSO?TIPO ARTIGO E TALS.

ADOREI O BLOG.
PARABÉNS

Katia Borges disse...

Olá Célia:

Que bom conversar com vc!
Te aconselho a procurar artigos no Google acadêmico, onde vc pode encontrar informações científicas precisas sobre o azeite de oliva extra virgem, seus benefícios e modos de utilização
bjs

Alisson Barbosa disse...

Quem deseja se livrar da acroleína é uma boa opção. E de quebra diminui a formação das aminas heterocíclicas aromáticas (carcinogênica)quando as carnes são submetidas ao processo de cozimento.
Parabéns professora pela iniciativa!!!
Sugiro que poste mais algumas receitas que contenha raízes tuberosas e tubérculos, essenciais para auxiliar ganho de massa muscular, pois dietas para esse fim são bastante suscetíveis de caírem na monotonia.

Katia Borges disse...

Alisson:

obrigada pelo excelente comentário, pela contribuição e participação.
Anotei sua sugestão e, em breve, vou postar novas receitas com tuberculos
abraços
katia

Anônimo disse...

Estava pesquisando na web, referente ao uso do azeite extra virgem ou o óleo de canola, e achei a sua postagem a melhor, esclarecedora e objetiva
muito obrigado pelo seu trabalho e contribuição principalmente para pessoas leigas no assunto como eu
obrigado
William

Katia Borges disse...

obrigada! Fico contente e gratificada em saber que minhas informações contribuiram para ampliar seu conhecimento acerca dos produtos naturais benéficos a saude humana abraços Katia

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Blog da Terezinha Sobreira de VS disse...

Muito bom esclarecimento!